Vida pessoal, carreira profissional…

Vida pessoal, carreira profissional. Qual meu propósito?

Por Daniela Magno [Vice-diretora pedagógica]

Você provavelmente já ouviu a famosa pergunta: “O que você quer ser quando crescer?”.

Quando somos crianças, almejamos ser iguais aos nossos pais, ter a mesma profissão que eles… Isso me remete à história de um menino que observava seu pai abrindo as portas do local onde trabalhava e, quando perguntaram o que ele queria ser quando crescesse, ele disse: “Quero ser abridor de portas igual ao meu pai”. Quando somos pequenos, aqueles que cuidam de nós são nossas referências e, de maneira subliminar ou intencional, nos auxiliam na construção de nossas escolhas.

São muitos os desafios da sociedade contemporânea, principalmente quando se trata de propósito de vida. Como podemos descobrir o nosso propósito? Como viver uma vida completamente intencional?

No dicionário, a palavra “propósito” tem o significado de alcançar um objetivo, uma finalidade, um intuito. Na Filosofia, a visão de propósito é aquilo que nos estimula do lado de fora e nos motiva do lado de dentro. É aquilo que nos impulsiona a viver e o que faz nossa vida valer a pena.

Essas afirmações me trazem à memória outra  história: a de um garoto que viaja por vários planetas, falando de amor, amizades e, principalmente, de escolhas de vida. Trata-se do Pequeno Príncipe, uma literatura escrita para crianças, mas que tem grandes ensinamentos para qualquer idade. Um deles está na passagem sobre o planeta do acendedor de lampiões: Quando o Pequeno Príncipe chega ao asteroide do acendedor de lampiões, ele pensa ter encontrado mais uma pessoa com comportamento estranho e sem propósito. Esse homem tem a tarefa de acender o lampião de noite e apagá-lo de dia. Mas o planeta gira muito rápido e o Sol se põe a cada minuto, o que faz com que o seu trabalho seja cansativo. Ao ser questionado pelo Pequeno Príncipe o porquê ele acendia e apagava o lampião, o acendedor disse que não sabia, mas que seguia o regulamento.

Essa história nos ensina a prestarmos mais atenção no porquê fazemos o que fazemos, qual sentido tem nosso trabalho ou nosso propósito de vida.

O acendedor não sabia a importância que tinha a sua função de acender e apagar o lampião. Era importantíssimo, pois ele dava a luz no momento da escuridão. Porém, ele só pensava no regulamento e nem parava para pensar sobre quão boa era a tarefa que executava. Ele se cansava porque não dava sentido ao que fazia. O planeta dele mudou e ele continuou seguindo um regulamento que já não servia para sua tarefa. Com isso, ele ficava cansado e triste ao realizar sua missão. O acendedor de lampiões nos ensina que quando vivemos sem propósito, sem uma intenção, nos tornamos tristes e cansados.

Para encontrarmos nosso propósito, temos que pensar em três questões importantes em nossa caminhada:

A primeira é descobrir o que te dá prazer em realizar. O que te deixa feliz quando você exerce? Seja na vida profissional ou pessoal, aquilo que você faz, quando é satisfatório, é sinal que faz parte do seu propósito.

A segunda diz respeito à necessidade de compreendermos nossas habilidades, aquilo que nós somos bons em realizar. Habilidade é a conexão entre seu conhecimento e sua ação, o que você tem aptidão para realizar.

A terceira questão é pensar sobre o que te incomoda no mundo. O que você gostaria de mudar, se tivesse o poder, nesse mundo?

Pronto, com as três respostas aos questionamentos acima, você encontrará o seu propósito, unindo aquilo que você ama fazer, com suas habilidades, fazendo aquilo em que você é bom para resolver um problema que você enxerga no mundo.

Segundo a neurociência, quando temos um propósito estabelecido em nossas vidas, isso nos torna mais resilientes, ativa nosso humor, nos traz motivação e nos torna mais felizes.

Quer atingir maiores níveis de felicidade em sua vida? Encontre seu propósito!

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