Talita Cavallaro Pires de Camarg Talita Cavallaro Pires de Camarg

Hábito 5 - Procure primeiro compreender, depois ser compreendido

Por Daiane Silva - Prof. Língua Portuguesa

Por Daiane Silva - Prof. Língua Portuguesa

Quem nunca ouviu dizer que temos dois ouvidos e uma boca porque devemos ouvir mais e falar menos? Isso não significa que devemos deixar somente que os outros falem, sem que possamos nos expressar. Na verdade, o que ocorre é que para que possamos nos expressar mais adequadamente, devemos primeiro ouvir, prestando muita atenção no que está sendo dito, para então refletirmos e então falarmos, de acordo com essa escuta e reflexão. Entender isso e colocar em prática essa nova forma de pensar exige uma mudança que deve começar por nós mesmos.

Para nos comunicarmos de forma empática, devemos primeiro tentar entender a outra pessoa antes de tentar fazer com que ela nos entenda. Isso inclui ouvir ativamente e estar disposto a avaliar  diferentes pontos de vista.

Quando tentamos nos comunicar, muitas vezes nos concentramos apenas em expressar nossas próprias opiniões, sem ouvir o que a outra pessoa tem a dizer. Isso pode levar a mal-entendidos, conflitos e falta de confiança. Podemos construir relacionamentos mais fortes, melhorar nossa capacidade de resolver problemas e, assim, alcançar objetivos juntos. Para alcançar esses objetivos, no entanto, precisamos de humildade, paciência e empatia, hábitos valiosos que podem melhorar muito a qualidade de nossos relacionamentos, tornando-os mais fortes e saudáveis.

Você já reparou que, atualmente, passamos mais tempo lendo e digitando do que conversando frente a frente? Claro, esse tipo de comportamento não só gera interferência na comunicação, como também afeta suas habilidades interpessoais. Portanto, aprender a socializar, discutir abertamente, negociar e argumentar demanda esforço. Esses efeitos são evidentes não apenas no ambiente familiar, mas em todas as esferas da comunicação.

Encontrar o equilíbrio entre o virtual e o real com o propósito de fortalecer as interações é fundamental para atingir esse objetivo. Aprender a ouvir, como já mencionado, deve ser uma de suas prioridades, o que é muito complicado, porque as pessoas parecem mais preocupadas em se expressar do que entender o próximo. Essa mudança de atitude começa com a reflexão e o conhecimento de quem a coloca em prática, podendo trazer muitas lições positivas como um forte crescimento pessoal.

Portanto a frase "procure primeiro compreender, depois ser compreendido" nos lembra da importância de considerar a perspectiva do outro. Para aplicar esse hábito, é importante entender as emoções e motivações de cada um, isso ajuda a criar um ambiente de confiança, respeito mútuo e facilita a resolução de conflitos.

"Se você deseja realmente ser eficaz no hábito da comunicação interpessoal, precisa desenvolver a capacidade de ouvir empaticamente, com base em um caráter que inspire verdade e disponibilidade", por Stephen Covey.

Nosso grande desafio hoje é aprender a viver pacificamente em sociedade. Sim, estamos em um processo de evolução contínua. Quando você está disposto a ouvir, a pessoa com quem está falando se sente importante e gera um movimento de reciprocidade.  Valorizar a opinião dos outros é a melhor maneira de demonstrar empatia e apreço. Precisamos exercitar o altruísmo e, nesse sentido, ser mais solidários. 

Algumas dicas:

  1. Faça uma escuta concentrada, preste atenção nas palavras, no conteúdo e na mensagem principal;

  2. Evite interrupções e distrações;

  3. Escute com atenção, esse nível de escuta requer mais do que apenas ouvir, requer também empatia para entender sentimentos e expectativas;

  4. Evite comparações, a comparação sempre tenta nivelar o campo de jogo, ignorando o fato de que cada experiência é única para a pessoa que a vivência;

  5. Concentre-se no outro, interlocutor e não tente encontrar uma resposta imediata; primeiro, reflita sobre o que está ouvindo com o objetivo de entendê-lo; em seguida, ofereça uma resposta que seja resultado de sua reflexão.  

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Parceria escola e família: A importância da família ativa na vida e nos estudos do aluno

Por Thais Lima - Mestra em Gestão Educacional

Por Thais Lima - Mestra em Gestão Educacional

Os pais ativos nos estudos das crianças são aqueles engajados no processo educacional de seus filhos. Essa participação pode se dar de várias formas, como ajudar com as tarefas de casa, participar de reuniões escolares, estar presente em eventos da escola, conversar com os professores, entre outras atividades. 

Alguns exemplos da importância dos pais ativos na vida acadêmica dos alunos:

  • Melhor desempenho acadêmico: Estudos mostram que crianças com pais ativos na sua educação tendem a ter um melhor desempenho acadêmico em comparação com crianças cujos pais são menos envolvidos. Isso ocorre porque os pais ativos podem fornecer suporte emocional e ajudar com as lições de casa e outras atividades escolares.

  • Mais autoestima: As crianças com pais ativos na sua educação geralmente têm mais autoestima e autoconfiança. Isso ocorre porque os pais ativos ajudam a criar um ambiente de apoio e encorajamento para as crianças.

  • Menor probabilidade de comportamento negativo:Menor probabilidade de se envolverem em comportamentos negativos, como o uso de drogas ou a delinquência juvenil. Isso ocorre porque os pais ativos ajudam a estabelecer limites claros e fornecem suporte emocional, acompanham diretamente seus filhos.

  • Sucesso futuro: Maior probabilidade de concluir a faculdade e obter empregos bem remunerados por todo suporte, apoio e incentivo desde a base na primeira infância.

    Aqui estão algumas dicas de como a família pode estar mais presente na vida dos filhos em idade escolar:

  • Converse com seus filhos: Uma das maneiras mais importantes de estar presente na vida dos filhos é conversar com eles sobre a escola e outras áreas de suas vidas. Pergunte sobre seus amigos, atividades e projetos escolares e mostre interesse em suas respostas.

  • Ajude com a lição de casa: Ajudar com a lição de casa é uma ótima maneira de estar presente na vida dos filhos estudantes. Ofereça ajuda com problemas de matemática, revise trabalhos escritos e pratique a leitura.

  • Participe de reuniões escolares: As reuniões escolares são uma ótima maneira de se envolver na educação de seus filhos. Esteja presente nas reuniões de pais e professores, eventos escolares e atividades extracurriculares. Converse com seus professores, fique atento ao que é necessário para acompanhar ou melhorar seu desenvolvimento na escola e ponha em prática.

  • Estabeleça uma rotina de estudo: Estabeleça uma rotina de estudo em casa e verifique se seus filhos têm um ambiente adequado para estudar, com um espaço tranquilo e equipamentos necessários. Reserve um tempo para verificar as tarefas de casa e os trabalhos escolares de seus filhos.

  • Ler juntos: É uma ótima maneira de passar tempo de qualidade com seus filhos e incentivar a leitura. Escolha livros que você e seus filhos possam desfrutar juntos e leia em voz alta para eles.

  • Incentive a participação em atividades extracurriculares: As atividades extracurriculares podem ajudar seus filhos a desenvolver habilidades sociais e acadêmicas e se conectar com outros estudantes. Incentive seus filhos a se inscrever em atividades que lhes interessem e participe quando possível.

Comemore suas conquistas: Celebre as conquistas de seus filhos e mostre a eles que você está orgulhoso de suas realizações. Isso pode ajudar a aumentar a autoestima e a motivação deles na escola.

Conciliar carreira e filhos pode ser um desafio para muitos pais e mães, mas é possível encontrar um equilíbrio satisfatório como: estabelecer prioridades claras e planejar sua semana com antecedência.

Outra possibilidade é procurar opções flexíveis de trabalho ou criar um ambiente de trabalho positivo e saudável, que permita que você tenha uma vida equilibrada entre trabalho e família.

Uma importante ajuda é contar com rede de apoio: Utilize recursos disponíveis para ajudar a conciliar carreira e filhos, como babás, creches e serviços de assistência infantil. Considere também compartilhar responsabilidades com seu parceiro, familiares ou amigos confiáveis. 

Melhor que quantidade: qualidade! Dedique tempo de qualidade com seus filhos quando estiver com eles. Desligue seu celular e outros dispositivos eletrônicos, e dedique toda a sua atenção a eles.

Por último e não menos importante: Não se culpe por não ser capaz de fazer tudo. É normal sentir-se sobrecarregado às vezes, e é importante lembrar que ninguém é perfeito. Concentre-se em fazer o seu melhor e aproveitar ao máximo o tempo que você tem com seus filhos.

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Segurança / Confiança X Insegurança / pânico

Luciano Lima - Diretor Adm

Prezadas famílias,

Solicitamos a todos que leiam com atenção este comunicado e assistam o vídeo que vai no link abaixo (referente à pesquisa da UNICAMP) para que possamos retomar a tranquilidade necessária ao desenvolvimento de nosso trabalho, para o bem de toda a nossa comunidade escolar.

Em razão dos últimos trágicos acontecimentos envolvendo escolas no Brasil e também no exterior, os órgãos de segurança pública foram novamente acionados para empreender medidas preventivas, que são muito bem vindas, mas sabemos que nunca serão 100% eficazes para impedir que coisas assim aconteçam.

Este texto não tem a intenção de proporcionar uma tranquilidade definitiva a quem quer que seja, até porque, obviamente isto não é possível, mas apenas conclamar a todos para uma reflexão e conscientização do papel de cada um neste cenário.

Aos entes governamentais, às instituições e à sociedade em geral, cabe, através de estudos e investigações, apurar os casos das tragédias ocorridas, entender o que levou as pessoas a agirem de forma violenta e desumana, agir preventivamente e punir os responsáveis.

Aos dirigentes das instituições de ensino e também de outras instituições, como igrejas, estabelecimentos comerciais, estações de metrô etc., que também já foram alvo de ataques terroristas, cabe rever constantemente seus protocolos de segurança, incluindo o treinamento de pessoal para saber como agir em situações de emergência.

As autoridades ainda não identificaram a origem das prováveis “fake news” que agora vem fomentando o pânico nas comunidades escolares, mas sabemos que, quem quer que seja, infelizmente está conseguindo espalhar o pânico, pois na medida em que repassamos mensagens recebidas sem o conhecimento de sua autoria,  ainda que seja na boa intenção de alertar, na verdade, estamos ajudando a espalhar o pânico.

Precisamos ter claro em nossas mentes o papel das famílias e o papel das escolas na tarefa de educar e colaborar para vivermos um ambiente de paz e progresso harmonioso.

Estudos da UNICAMP (https://www.unicamp.br/unicamp/tv/direto-na-fonte/2023/03/30/violencia-premeditada-e-gestada-na-convivencia-toxica) mapearam os casos extremos nos últimos 20 anos e concluíram que a violência é premeditada e motivada por raiva, vingança e envolvimentos com grupos extremistas, principalmente na internet. Essas comunidades incitam crianças e jovens ao ódio. Acompanhar o que seus filhos acessam em seus dispositivos e orientar o seu uso consciente e responsável é um dever educativo das famílias.

Continuamos cuidando com muito carinho daquilo que nos cabe para que nossos estudantes sintam segurança dentro da Escola. Vamos juntos insistentemente ensinar sobre a força do diálogo como forma de mediar conflitos. Neste sentido, implantamos neste ano em nosso Colégio o projeto “Líder em Mim”, de cunho sócio emocional, buscando ampliar essas competências, justamente por entender que o principal mal, que na atualidade afeta negativamente a formação de nossos jovens e o ambiente familiar de uma maneira geral, é uma espécie de abandono psicológico, uma solidão coletiva.

Quem está conosco há mais tempo é testemunha de que um dos diferenciais de nosso colégio sempre foi a atenção mais individualizada e uma proximidade maior com as famílias dos nossos alunos, ainda que por vezes possa parecer para alguns que somos “chatos” ou invasivos, mas,  sempre preferimos pecar pelo excesso, se necessário, no quesito relacionamento família-escola, sempre no intuito de propiciar a melhor formação possível de nossos alunos.

Condicionantes da vida moderna tem prejudicado a ocorrência de bons momentos de convívio afetivo nas famílias e também nos ambientes como nas igrejas, escolas e outros locais de convívio social, que, infelizmente, vem sendo substituídos pelo uso maciço e excessivo de meios eletrônicos/ internet, onde constatamos o abandono psicológico e a solidão coletiva, como mencionamos acima.

Nós aqui no colégio, como já dissemos, continuamos atentos e estamos abertos a sugestões de melhorias em nossa segurança, mas não temos condições de responder pontualmente, caso a caso as indagações motivadas por notícias falsas, espalhadas sabe-se lá a partir de quais origens e com quais intenções, pois é nosso dever manter o foco em nossa atividade de educar e procurar sempre proporcionar ambiente de paz, segurança e harmonia, em prol do desenvolvimento dos alunos. Por isso, contamos com a confiança de todos vocês no trabalho sério que sempre realizamos, pois não estamos alheios à necessidade de reforço nos protocolos e esquemas de segurança, sobre os quais temos nos debruçado dia e noite para proporcionar melhorias eficazes e cabíveis.

Sobre eventuais novas notícias sobre supostos ataques, informamos que o Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com SaferNet Brasil, criou um canal exclusivo para recebimento de informações de ameaças e ataques contra as escolas, disponível no link https://www.gov.br/mj/pt-br/escolasegura. Essa é uma das ações da Operação Escola Segura que teve início na última quinta-feira (6/4). Qualquer informação é bem-vinda. Todas as denúncias são anônimas e as informações enviadas serão mantidas sob sigilo.

Contamos com a seriedade, colaboração e o bom discernimento por parte de todos.

Atenciosamente,

Luciano Lima

Diretor Administrativo

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