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O Programa Líder em Mim de dentro pra fora: a incorporação na Gestão Escolar

Por Thais Lima - Mestra em Gestão Escolar

Por Thais Lima - Mestra em Gestão Escolar

Você que frequenta o Colégio Helios muito provavelmente já observou em nossa recepção o que dizem a nossa missão, visão e valores:

Missão: educar com qualidade, acolhimento e segurança.

Visão: ser referência em ensino de qualidade, contribuindo para a formação de cidadãos dotados de senso crítico e socialmente responsáveis.

Valores: ética, respeito ao próximo, valorização dos nossos colaboradores e alunos.

Esses dizeres nem sempre estiveram escritos em uma placa de metal afixada na parede. No entanto, desde a sua fundação, o Colégio Helios sempre os praticou, implícita e cotidianamente.

Nossa preocupação sempre foi muito além da formação acadêmica de nossos alunos, buscando também propiciar condições para que eles pudessem se desenvolver como pessoas emocionalmente saudáveis, preparados para a vida em sociedade, e ao longo desses mais de 30 anos de história pudemos perceber que temos sido bem sucedidos nesse propósito, de modo que escrever aquelas “plaquinhas” de metal foi realmente apenas a materialização da nossa essência.

Quando conhecemos o Programa Socioemocional Líder em Mim (LEM), em meados de 2022, nos deparamos com a possibilidade de aplicação, de maneira estruturada, de tudo aquilo que acreditamos ser importante na formação do ser humano como indivíduo, e que, no fundo, já praticávamos, mas agora com uma metodologia de estudos e práticas que poderiam tornar visível de forma objetiva a nossa essência, que vai ao encontro do objetivo proposto pelo Programa: proporcionar um ambiente e situações para que cada um de nós possa buscar nos conhecer e nos desenvolver a ponto de nos tornarmos líderes de nós mesmos. Vivendo de maneira coerente com nossos princípios e valores e, portanto, sendo felizes. 

Assim, em 2023 iniciamos a implantação do LEM, não nos restringindo ao treinamento oferecido pelo pelo próprio programa, mas indo muito além dele, pois mesmo antes de sua adoção já praticávamos alguns dos 7 hábitos (seja proativo; comece com um objetivo em mente; primeiro o mais importante; pense ganha - ganha; primeiro busque compreender antes de ser compreendido crie sinergia; afine o instrumento).

Além dos elementos físicos que são encontrados em nosso colégio, como as diversas árvores dos 7 hábitos construídas pelos próprios alunos e as contas bancárias emocionais movimentadas por toda a comunidade escolar, temos muitas vivências que demonstram a incorporação dos 7 hábitos em nosso dia a dia, principalmente porque muitos deles já faziam parte da essência da nossa instituição.

Para atingir os objetivos do Programa, precisamos não somente ensinar os sete hábitos aos nossos estudantes, mas vivê-los, pois a mudança vem de dentro para fora, e se fortalece no exemplo. 

Assim, incorporamos os sete hábitos em nossa gestão escolar, pautando neles a realização do plano de desenvolvimento profissional individual de nossas lideranças, de modo que eles possam desenvolver em si e inspirar em toda a comunidade escolar a liderança que queremos ensinar para os nossos estudantes, inspirando-os pelo exemplo, pois, como disse Stephen Covey:

"Em última análise, o que somos comunica com muito mais eloquência do que o que dizemos ou fazemos."(pg 48, Covey)

Iniciamos nosso processo de desenvolvimento pelo autoconhecimento. Cada um de nós buscou se conhecer um pouco mais, possibilitando potencializar nossas qualidades, acolher e rever nossas falhas, em busca da melhoria contínua, o que não é tarefa fácil, pois se trata de um processo contínuo e demanda maturidade e, por vezes, apoio daqueles que nos cercam no âmbito pessoal e profissional, sempre respeitando o tempo necessário para a solidificação do processo em cada um.

Ao identificar suas falhas e desejando buscar a melhoria, nossos colaboradores contam com o suporte de seus líderes, que, empenhados e participativos, dão sugestões, acompanham seu dia a dia, mantendo aberta a via de ensino-aprendizagem e parabenizando cada conquista. E para que a melhoria seja perene, esse esforço é diário, como um fazendeiro cuidando de sua fazenda:

"A fazenda é um sistema natural. O esforço precisa ser diário, e o processo, respeitado. As pessoas sempre colhem o que semeiam. Não existe atalho.

Este princípio também é válido, em última análise, para o comportamento humano, para os relacionamentos. Eles são também um sistemas naturais, baseados na lei da colheita." (pg 47, Covey)

Os resultados tem sido visíveis, permitindo-nos perceber a felicidade e o envolvimento de cada um nos eventos ou atividades que realizamos em conjunto. Da mesma maneira, acreditamos que a educação dos nossos estudantes, que se dá ao longo de toda a vida escolar (aproximadamente 15 anos), também é um processo natural, em que a família e a escola precisam participar em parceria, ativamente e de forma coerente.

Quanto antes começarmos, melhor! Por isso, convidamos todas as famílias a participarem conosco dessa busca pela liderança de suas próprias vidas. Juntos vamos inspirar nossos alunos.


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Hábito 5 - Procure primeiro compreender, depois ser compreendido

Por Daiane Silva - Prof. Língua Portuguesa

Por Daiane Silva - Prof. Língua Portuguesa

Quem nunca ouviu dizer que temos dois ouvidos e uma boca porque devemos ouvir mais e falar menos? Isso não significa que devemos deixar somente que os outros falem, sem que possamos nos expressar. Na verdade, o que ocorre é que para que possamos nos expressar mais adequadamente, devemos primeiro ouvir, prestando muita atenção no que está sendo dito, para então refletirmos e então falarmos, de acordo com essa escuta e reflexão. Entender isso e colocar em prática essa nova forma de pensar exige uma mudança que deve começar por nós mesmos.

Para nos comunicarmos de forma empática, devemos primeiro tentar entender a outra pessoa antes de tentar fazer com que ela nos entenda. Isso inclui ouvir ativamente e estar disposto a avaliar  diferentes pontos de vista.

Quando tentamos nos comunicar, muitas vezes nos concentramos apenas em expressar nossas próprias opiniões, sem ouvir o que a outra pessoa tem a dizer. Isso pode levar a mal-entendidos, conflitos e falta de confiança. Podemos construir relacionamentos mais fortes, melhorar nossa capacidade de resolver problemas e, assim, alcançar objetivos juntos. Para alcançar esses objetivos, no entanto, precisamos de humildade, paciência e empatia, hábitos valiosos que podem melhorar muito a qualidade de nossos relacionamentos, tornando-os mais fortes e saudáveis.

Você já reparou que, atualmente, passamos mais tempo lendo e digitando do que conversando frente a frente? Claro, esse tipo de comportamento não só gera interferência na comunicação, como também afeta suas habilidades interpessoais. Portanto, aprender a socializar, discutir abertamente, negociar e argumentar demanda esforço. Esses efeitos são evidentes não apenas no ambiente familiar, mas em todas as esferas da comunicação.

Encontrar o equilíbrio entre o virtual e o real com o propósito de fortalecer as interações é fundamental para atingir esse objetivo. Aprender a ouvir, como já mencionado, deve ser uma de suas prioridades, o que é muito complicado, porque as pessoas parecem mais preocupadas em se expressar do que entender o próximo. Essa mudança de atitude começa com a reflexão e o conhecimento de quem a coloca em prática, podendo trazer muitas lições positivas como um forte crescimento pessoal.

Portanto a frase "procure primeiro compreender, depois ser compreendido" nos lembra da importância de considerar a perspectiva do outro. Para aplicar esse hábito, é importante entender as emoções e motivações de cada um, isso ajuda a criar um ambiente de confiança, respeito mútuo e facilita a resolução de conflitos.

"Se você deseja realmente ser eficaz no hábito da comunicação interpessoal, precisa desenvolver a capacidade de ouvir empaticamente, com base em um caráter que inspire verdade e disponibilidade", por Stephen Covey.

Nosso grande desafio hoje é aprender a viver pacificamente em sociedade. Sim, estamos em um processo de evolução contínua. Quando você está disposto a ouvir, a pessoa com quem está falando se sente importante e gera um movimento de reciprocidade.  Valorizar a opinião dos outros é a melhor maneira de demonstrar empatia e apreço. Precisamos exercitar o altruísmo e, nesse sentido, ser mais solidários. 

Algumas dicas:

  1. Faça uma escuta concentrada, preste atenção nas palavras, no conteúdo e na mensagem principal;

  2. Evite interrupções e distrações;

  3. Escute com atenção, esse nível de escuta requer mais do que apenas ouvir, requer também empatia para entender sentimentos e expectativas;

  4. Evite comparações, a comparação sempre tenta nivelar o campo de jogo, ignorando o fato de que cada experiência é única para a pessoa que a vivência;

  5. Concentre-se no outro, interlocutor e não tente encontrar uma resposta imediata; primeiro, reflita sobre o que está ouvindo com o objetivo de entendê-lo; em seguida, ofereça uma resposta que seja resultado de sua reflexão.  

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Hábito 3 - Faça primeiro o mais importanteO hábito do gerenciamento pessoal

Tania Lima - Professora do 5º ano do Ensino Fundamental I

Por Tania Lima - Professora do 5º ano do Ensino Fundamental I

“ As coisas mais importantes jamais devem ficar à mercê das menos importantes.”

Johann Goethe

Você já percebeu que nosso dia-a-dia parece cada vez mais cheio de afazeres e compromissos? Já  se perguntou se está conseguindo planejar seu dia ou semana fazendo primeiro o mais importante?

Hoje vou falar um pouco sobre o Hábito 3 -  Faça primeiro o mais importante.

O  terceiro hábito é colocar em prática os Hábitos 1 e 2, nos quais nos colocamos como protagonistas de nossas vidas, fazendo escolhas responsáveis, começando  com um objetivo em mente, conseguindo distinguir importante e necessário do circunstancial; urgente e/ou passageiro, ou seja, cuidar do que é essencial para tornar realidade os sonhos e objetivos.

Você consegue pensar em algo que poderia fazer regularmente - mas não faz no momento  - e que  teria um impacto positivo e expressivo em sua vida profissional e pessoal?

Comece focando em suas prioridades -  O gerenciamento do tempo está dividido em quatro maneiras: urgente, não urgente, importante e não importante.

Quadrante I - Assuntos urgentes e importantes

São as atividades que devem ser realizadas imediatamente, não podem ser deixadas de lado. 

Neste quadrante estão situações como, por exemplo, crises, reuniões emergenciais, prazos de última hora, problemas urgentes e eventos inesperados. Muitas coisas dependem disso, por isso não pode ser adiada. 

Quadrante II  - Assuntos importantes e não urgentes

São atividades que precisam ser realizadas, porém não imediatamente, podem ser planejadas a curto, médio ou longo prazo.

Neste quadrante estão todas aquelas tarefas que não são casos de vida ou morte, mas são determinantes para a qualidade de vida ou bem-estar. 

Neste espaço também estão trabalho proativo, objetivos importantes, pensamento criativo, planejamento e prevenção, construção de relacionamentos, aprendizado e renovação e lazer.  Para focar nosso tempo no Quadrante II, temos que aprender a dizer “não” a outras atividades que, às vezes, parecem urgentes. Quando conseguimos nos manter no quadrante II nos mantemos  no centro de uma gestão pessoal eficaz.

Quadrante III -  Assuntos não importantes e urgentes

São as atividades que são urgentes, porém te distanciam de atingir seus objetivos.  Nesse quadrante estão as distrações como: interrupções desnecessárias, reuniões irrelevantes, problemas secundários de outras pessoas, e-mails, ligações telefônicas, distrações e atividades irrelevantes.

A urgência dessas questões, em regra, se baseia nas prioridades e expectativas de outras pessoas.

Devemos evitar o quadrante III, pois quando perdemos tempo com distrações  dificilmente conseguimos atingir nossos objetivos em mente, lembre-se de fazer primeiro o mais importante  e não o  urgente.

Quadrante IV -  Assuntos  não importantes e não urgentes

São as atividades corriqueiras, que não são importantes e nem possuem urgência para serem realizadas.

Muitas vezes desperdiçamos nosso tempo com o quadrante IV, pois perdemos muito tempo do nosso dia verificando redes sociais, com bate papo furado, programas de TV, games internet e atividades banais. 

Quando dedicamos nosso tempo nesse quadrante estamos sendo irresponsáveis, isso muitas vezes leva pessoas a serem demitidas de empregos,  a serem altamente dependentes dos outros e  relacionamentos fracassados.

Auto avaliação do quadrante

Agora que você já conhece o Hábito 3 e  os 4 quadrantes, faça a si mesmo as seguintes perguntas regularmente, assim você conseguirá atingir com mais eficácia seus objetivos em mente.

  1. Em que quadrante estou no momento?

  2. Por que estou  aqui?

  3. Há quanto tempo estou aqui?

  4. Quais as consequências de ficar aqui?

  5. O que eu posso fazer para mudar?

“ Se você me perguntasse qual prática resultaria em uma vida mais equilibrada e produtiva, eu diria: planeje sua semana a cada semana, antes que ela comece.”

Stephen R. Covey


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