A Inteligência Artificial pode sugerir caminhos, mas quem ensina a caminhar é o ser humano
Por Juliana Lima - Vice-diretora administrativa
Por Juliana Lima - Vice-diretora administrativa
Imagine um mundo em que todas as respostas estão a apenas um clique de distância. Parece perfeito, não é? Mas será que aprender significa apenas ter acesso a informações? A inteligência artificial pode sugerir caminhos, mas é a presença humana — com sua capacidade de acolher, orientar e inspirar — que transforma informações em conhecimento e conhecimento em sabedoria.
A inteligência artificial faz parte do nosso cotidiano de forma cada vez mais intensa. Ela organiza dados, oferece informações rápidas e até sugere soluções criativas. No entanto, quando falamos de educação, precisamos compreender um ponto essencial: nenhuma tecnologia substitui a presença humana no processo de ensinar e aprender.
A neurociência tem mostrado que o aprendizado vai muito além da memorização de conteúdos. Pesquisadores como António Damásio e Daniel Goleman destacam que as emoções desempenham papel fundamental no desenvolvimento cognitivo. Ou seja, aprender não acontece apenas no cérebro racional, mas é profundamente influenciado pelas relações sociais, pelo afeto e pela segurança emocional que o estudante sente no ambiente escolar.
O professor, nesse sentido, é insubstituível. É ele quem cria vínculos, percebe nuances, encoraja diante das dificuldades e reconhece conquistas individuais. A inteligência artificial pode apontar caminhos de estudo, mas somente um ser humano pode ensinar a caminhar, ajustando cada passo às necessidades de cada aluno.
No Colégio Helios, acreditamos que essa dimensão humana é o que realmente transforma a educação. Trabalhamos com um olhar individualizado e acolhedor, porque sabemos que cada criança aprende de maneira única e traz consigo histórias, talentos e desafios próprios. Nosso compromisso é equilibrar inovação e cuidado humano, utilizando a tecnologia como ferramenta, mas colocando sempre o professor e a relação interpessoal no centro do processo.
Assim, preparamos nossos alunos não apenas para dominar conteúdos, mas para viver em sociedade com empatia, criticidade e autonomia. Afinal, formar pessoas para o futuro não é apenas ensinar a usar ferramentas modernas — é garantir que cada estudante tenha condições de trilhar sua própria caminhada com confiança, valores sólidos e a certeza de que nunca estará sozinho nessa jornada.
Se você também acredita em uma educação que une inovação e humanidade, venha conhecer o Colégio Helios. Aqui, cada aluno é acolhido em sua singularidade e incentivado a caminhar em direção ao seu melhor.
Trabalhando a Comunicação não violenta no Ensino Fundamental - Anos Finais
Por Professor Hermes Leandro
Em 2025, assim como em todos os anos, iniciamos nossos estudos coletivos - com toda a equipe do colégio.
Como de costume, tivemos vários assuntos em pauta, mas um deles teve maior destaque: a comunicação.
Participamos de uma atividade com todos os colaboradores com o objetivo de conhecer, discutir e exercitar a Comunicação Não Violenta, além disso, ao longo do primeiro trimestre, foram oferecidos grupos de estudos sobre o tema, encontros online para a discussão de todos os capítulos do livro de Marshall Rosenberg.
Neste primeiro trimestre, tive a oportunidade de trabalhar com os alunos dos Anos Finais, na disciplina de Eletivas o mesmo tema, baseado no livro Comunicação Não Violenta, de Marshall Rosenberg.
A escolha do tema foi motivada pela necessidade de desenvolver, em sala de aula, habilidades relacionadas à escuta ativa, autoconhecimento, empatia, acolhimento, autorresponsabilidade e resolução de conflitos — competências socioemocionais que se tornam cada vez mais essenciais no contexto escolar e social.
A discussão do conteúdo do livro permitiu que os alunos refletissem sobre o que é a comunicação, a forma como se comunicam com colegas, professores, familiares e consigo mesmos. Mais do que um conteúdo teórico, a Comunicação Não Violenta (CNV) se mostrou uma ferramenta prática, que foi sendo incorporada de maneira gradual e significativa, no cotidiano da turma e do colégio.
Compreender os quatro componentes da CNV — observação, sentimento, necessidades e pedido — proporcionou aos alunos uma estrutura clara para repensar suas interações e respostas diante de situações desafiadoras, bem como envolver suas famílias nessa importante reflexão.
Durante as aulas, trabalhamos com dinâmicas de escuta, estudos de caso, dramatizações e rodas de conversa que favoreceram a aplicação dos conceitos em contextos reais. Muitos estudantes relataram que passaram a perceber suas reações automáticas com mais consciência e, em alguns casos, mudaram a forma como expressam frustrações ou lidam com conflitos. Foi especialmente enriquecedor ver alunos, que antes evitavam se posicionar, participando de forma mais segura e respeitosa das discussões.
Também recebemos contribuições de algumas famílias, agradecendo e partilhando situações em que todos se beneficiaram pela nova perspectiva que a CNV nos oferece.
A abordagem proposta por Rosenberg dialoga profundamente com os princípios de uma educação humanizadora, que valoriza o diálogo, o respeito mútuo e a cooperação. Nesse sentido, o trabalho desenvolvido não apenas contribuiu para o desenvolvimento pessoal dos estudantes, mas também ajudou a melhorar o clima relacional da turma como um todo.
Trabalhar Comunicação Não Violenta na disciplina de Eletivas foi, sem dúvida, uma experiência transformadora, que evidenciou o poder da linguagem como instrumento de conexão e mudança. Mais do que um conteúdo, deixamos sementes plantadas para uma convivência mais consciente, empática e respeitosa — dentro e fora da escola, como podemos verificar pelos depoimentos dos familiares de nossos alunos.
Confira abaixo alguns deles:
“Professor Hermes, bom dia!
Não havia pensado na importância da comunicação clara dentro de casa. Sempre me preocupei em transmitir uma mensagem simples e eficaz no ambiente de trabalho, mas percebo agora que tudo começa em casa. Pequenas mudanças na forma como nos comunicamos podem fazer uma grande diferença.
Questionei o xxxxx sobre o que ele aprendeu na aula de CNV. Ele comentou que usar as palavras certas fica tudo mais fácil. Ele mencionou um vídeo de uma pessoa com deficiência visual que não conseguia arrecadar doações. Mas, após uma mulher mudar a maneira de escrever o pedido, tudo mudou, e as doações começaram a chegar.
Essas aulas têm sido fundamentais não apenas para os alunos, mas também para nós, como pais, já que estamos aprendendo junto com eles.”
“Ola..bom diaaaaa td bem?
O xxxxx tem compartilhado bastante sobre esse assunto em casa. Sempre falamos com ele sobre respeitar, ajudar, ser acolhedor...se colocar no lugar do outro para que possa tentar sentir o que o outro sente na situação.
Agradeço muito.. temos que nos movimentar muito para que possamos juntos abordar e ajudar eles nessas questões.”
“Boa tarde.
O xxxxx gostou muito da atividade de exemplificação de bullying, disse que teve de briga e outros.... Falou que é uma forma divertida de aprender o que não se deve fazer com os amigos.”