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Neurociência e Emoções: como o cérebro reage durante o Enem

Descubra como a neurociência explica as emoções durante o Enem e aprenda técnicas simples para controlar a ansiedade, melhorar o foco e alcançar um melhor desempenho na prova

Entenda como as emoções influenciam o desempenho e descubra técnicas neurocientíficas para manter o foco e o equilíbrio durante a prova

À medida que o Enem se aproxima, é natural que os estudantes sintam ansiedade, medo e expectativa. Essas emoções fazem parte do processo de avaliação e, quando compreendidas e controladas, podem se transformar em aliadas poderosas para o bom desempenho.

A neurociência, ciência que estuda o funcionamento do cérebro e das emoções, mostra que gerenciar o que sentimos é tão importante quanto revisar os conteúdos estudados. Entender como o cérebro reage em momentos de pressão ajuda o estudante a se preparar de forma integral — emocional e cognitivamente — para o dia da prova.

O que acontece no cérebro durante o Enem

As provas do Enem ativam intensamente o sistema emocional e cognitivo do cérebro. A neurociência nos ajuda a compreender o que ocorre na mente dos estudantes ao enfrentar situações de pressão, expectativa e desafio.

Durante a prova, áreas como a amígdala cerebral (ligada às respostas emocionais) e o córtex pré-frontal (responsável pela concentração e tomada de decisões) trabalham em conjunto.
Quando a ansiedade é muito alta, a amígdala pode “assumir o controle”, prejudicando o raciocínio lógico e a memória — o famoso “branco”.

Por outro lado, quando o estudante consegue regular suas emoções, o cérebro libera neurotransmissores como dopamina e serotonina, que favorecem o foco, a motivação e o equilíbrio mental.
É por isso que estratégias simples — como respirar profundamente, alimentar-se bem e dormir adequadamente — têm base científica e melhoram o desempenho cognitivo.

Neurociência e Enem: o papel das emoções na aprendizagem

A neurociência comprova que o sucesso no Enem não depende apenas de quanto se estudou, mas também de como o cérebro é preparado emocionalmente para o desafio.
Aprender a reconhecer, compreender e administrar emoções é uma competência tão importante quanto dominar matemática, redação ou ciências humanas.

Dicas neurocientíficas para controlar as emoções durante o Enem

 1. Respire conscientemente

Antes e durante a prova, pratique respirações lentas e profundas. Essa técnica reduz a atividade da amígdala e ativa o sistema nervoso parassimpático, responsável pela sensação de calma e controle emocional.

 2. Use o poder da visualização

Imagine-se tranquilo e confiante realizando a prova. O cérebro não distingue completamente o que é real do que é imaginado — por isso, a visualização positiva fortalece as conexões neurais ligadas à autoconfiança e ao foco.

 3. Mantenha uma rotina equilibrada

Na semana do Enem, priorize o sono reparador, alimentação leve e pausas para descanso. O sono é essencial para consolidar a memória e restaurar a capacidade cognitiva, permitindo que o cérebro funcione com mais clareza.

4. Evite conversas que gerem tensão

Falar sobre “o que vai cair” ou comparar o quanto cada um estudou aumenta a ansiedade. Foque em suas próprias estratégias e confie na preparação que já fez.

 5. Alimente pensamentos positivos

Troque “não vou conseguir” por “vou fazer o meu melhor”. Pensamentos positivos aumentam a liberação de dopamina — neurotransmissor ligado à motivação e ao prazer — promovendo equilíbrio emocional.

 6. Faça pausas mentais

Durante a prova, se sentir cansaço, feche os olhos por alguns segundos, respire fundo e alongue-se. Essas pequenas pausas ajudam o cérebro a reorganizar informações e retomam o foco com mais clareza.

Conclusão: preparar a mente também é estudar

Cuidar das emoções é tão importante quanto revisar os conteúdos.
O cérebro trabalha melhor quando está em equilíbrio, e o Enem é uma oportunidade de mostrar não apenas o que se aprendeu, mas também a capacidade de manter a mente calma, consciente e confiante diante dos desafios.


Texto escrito por: Daniela Magno - Vice-diretora Pedagógica do Colégio Helios.

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Permissão para sentir - Eletivas 2º trimestre

Por Prof. Hermes Leandro

Por Prof. Hermes Leandro

Neste segundo trimestre, a disciplina eletiva foi marcada por uma rica jornada de autoconhecimento e conexão, tendo como base o livro Permissão para Sentir, de Marc Brackett. A escolha dessa obra mostrou-se bastante significativa, pois, de maneira acessível e sensível, o autor convida o leitor a explorar o vasto universo das emoções e a compreender a importância de acolhê-las.

Os conceitos trazidos pelo livro nortearam o planejamento e o desenvolvimento de atividades voltadas à educação emocional. Por meio de reflexões guiadas, rodas de conversa e dinâmicas, os estudantes foram incentivados a reconhecer e nomear suas emoções, a compreender a vulnerabilidade como uma força e a perceber que permitir-se sentir é o primeiro passo para uma vida mais autêntica.

Esse processo promoveu um ambiente de diálogo aberto, fortalecimento da empatia, ampliação da consciência emocional e maior preparo para lidar com os desafios do cotidiano. Os alunos demonstraram avanços na forma de expressar sentimentos, respeitar as diferenças e compreender o impacto das emoções em suas relações.

A experiência inspirada em Permissão para Sentir reforçou a relevância de se trabalhar projetos socioemocionais no ambiente escolar. Em um mundo cada vez mais dinâmico e desafiador, a escola precisa ir além da transmissão de conteúdos acadêmicos, contribuindo também para o desenvolvimento integral dos estudantes. Oferecer ferramentas para lidar com as emoções, resolver conflitos de maneira construtiva e cultivar relacionamentos saudáveis é parte essencial desse processo.

Investir em práticas voltadas à inteligência emocional é, portanto, investir na formação de cidadãos mais conscientes, resilientes e empáticos. A disciplina eletiva cumpriu esse papel ao proporcionar aos alunos oportunidades de reflexão, escuta e crescimento pessoal, reafirmando que o desenvolvimento humano vai muito além dos conteúdos tradicionais, é, acima de tudo, aprender a sentir, compreender e transformar as emoções em aprendizado e convivência.


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A Importância da Neurodiversidade no Mundo Atual

Por Erica Borges - Prof. Educação Infantil

Por Prof. Erica Borges - Educação Infantil

Vivemos num tempo em que a diversidade é cada vez mais reconhecida como uma riqueza. Falamos de diversidade cultural, étnica, de gênero e, mais recentemente, de neurodiversidade. Mas o que é isso exatamente?

A neurodiversidade é um conceito que reconhece e valoriza as variações naturais no funcionamento cerebral humano. Cada pessoa pensa, sente e aprende de maneira diferente, e essas diferenças fazem parte da variedade normal da condição humana. Dentro da neurodiversidade, encontramos formas únicas de percepção, comunicação, aprendizagem, gestão emocional e interação com o mundo. Estas formas não devem ser vistas como problemas ou limitações, mas sim como maneiras diferentes de viver e compreender a realidade.

Num passado não muito distante, muitas destas diferenças eram tratadas como obstáculos a serem corrigidos. Felizmente, essa visão tem mudado. Hoje, entendemos que pessoas com diferentes estilos de pensamento têm talentos únicos, abordagens criativas e capacidades que podem enriquecer profundamente a sociedade. Num mundo que valoriza a inovação e enfrenta desafios complexos, incluir todas as formas de pensar é mais do que justo — é essencial.

Ambientes escolares e profissionais mais inclusivos e compreensivos permitem que todas as pessoas expressem o seu verdadeiro potencial. Isso não só beneficia quem tem formas de pensar diferentes, como também promove um ambiente mais humano, flexível e inteligente para todos. A diversidade de pensamento estimula soluções criativas, melhora a tomada de decisões e fortalece o espírito de equipe.

A neurodiversidade também nos leva a refletir sobre como construímos os nossos sistemas sociais. Por exemplo, muitos dos nossos métodos de ensino ou critérios de avaliação profissional foram criados para um tipo de cérebro "padrão", que na verdade não representa a maioria das pessoas. Ao ajustarmos esses sistemas para incluir diferentes formas de pensar e aprender, criamos oportunidades mais justas e acessíveis para todos.

Outro ponto essencial é o impacto da neurodiversidade na saúde mental. Quando uma pessoa é compreendida, respeitada e incluída, sente-se mais segura e confiante. Isso reduz o risco de ansiedade, depressão e isolamento social, que muitas vezes afetam quem não se sente aceito pelas suas diferenças. O apoio emocional, o acesso a recursos adequados e uma rede de empatia são fundamentais para que cada um possa desenvolver-se plenamente.

Promover a neurodiversidade também significa combater o preconceito, a desinformação e os estereótipos. Muitas pessoas ainda enfrentam dificuldades simplesmente por não se enquadrarem no modelo considerado "normal". Por isso, é urgente criar espaços de diálogo, campanhas educativas e iniciativas que celebrem as diferenças em vez de as esconder.

A valorização da neurodiversidade não é apenas uma questão de inclusão; é uma poderosa forma de impulsionar o progresso coletivo. Quando damos espaço às diferentes formas de pensar, ganhamos como sociedade. Diversidade é sinônimo de inovação, e inovação é o que move o mundo.Vamos continuar a construir um mundo onde todas as mentes contam. 

O reconhecimento da neurodiversidade nos convida a uma jornada de empatia e descoberta. Cada indivíduo neurodivergente oferece uma perspectiva única sobre o mundo. Ao nos abrirmos a essas experiências, aprendemos novas formas de resolver problemas, expressar criatividade e construir conexões. A neurodiversidade nos lembra que a verdadeira beleza da humanidade reside em nossa diversidade intrínseca, e a compreensão mútua nos une, apesar das diferentes formas de pensar. Em vez de buscar uma uniformidade ilusória, celebramos a riqueza das diferenças e construímos um mundo onde cada indivíduo se sente valorizado e pertencente, investindo assim em um futuro mais inovador, inclusivo e profundamente humano.Afinal, é nas diferenças que encontramos as maiores oportunidades de crescimento.

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É dezembro!

Por Família Helios

É dezembro! O fim do ano, e também do ano letivo, sempre traz reflexões sobre as aprendizagens vividas ao longo desse ciclo.
Como educadores, estamos constantemente refletindo sobre o que aprendemos, o que ainda podemos aprender e o que ensinaremos adiante.

As aulas, as provas, os trabalhos, as apresentações e as formaturas já foram realizados. E o que permanece?
Fica a sensação de missão cumprida, pois sabemos que, além das provas, aulas e projetos, fortalecemos laços — antigos e novos — de amizade, parceria e profissionalismo. Influenciamos e nos tornamos exemplos para tantas pessoas: alunos, familiares, colegas e mais.

Agora, chega o momento em que tudo se renova, impulsionado pelas aprendizagens que as vivências deste ano nos proporcionaram, compartilhadas com nossas famílias e com uma equipe fantástica.

Ser educador é estar em constante busca por novos caminhos para alcançar nossos objetivos, aprender novas ferramentas para enfrentar desafios antigos, surpreender-se com as conquistas daquele aluno que enfrentava dificuldades e emocionar-se ao ver um colega atingir suas metas.

Agradecemos a cada um de nossos alunos, às famílias e à equipe. Juntos, formamos uma comunidade escolar que cresce a cada ano, não apenas em qualidade educacional, mas também em relações, emoções e bem-estar.

Desejamos um excelente Natal e que 2025 traga novas oportunidades de aprendizado para todos!

Família Helios


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