Talita Cavallaro Pires de Camarg Talita Cavallaro Pires de Camarg

O papel materno na vida acadêmica de um filho

Por Juliana Lima - Vice Diretora Administrativa

Por Juliana Lima - Vice Diretora Administrativa

O dia das mães se aproxima e, nós, como educadores, não poderíamos deixar de ressaltar a importância da figura materna (quem nem sempre é desempenhada pela mãe biológica) na vida acadêmica das crianças e adolescentes.

Todo aluno precisa de um ambiente propício para o aprendizado, não só na escola, mas em casa também, e a mãe pode ter um papel fundamental nisso, oferecendo suporte emocional e estimulando o seu desenvolvimento intelectual. Mas em meio a tantas outras preocupações, muitas vezes nos perguntamos: Como fazer isso?

A mãe é a primeira educadora da criança, transmitindo os valores e ensinamentos básicos que serão a base para a sua formação. Desde cedo, ela estimula a curiosidade, incentiva a busca pelo conhecimento e gera um interesse genuíno pelo aprendizado. Essa atitude positiva em relação à educação influencia diretamente a postura do aluno na escola, motivando-o a se dedicar e a aproveitar as oportunidades de aprendizado.

Uma boa estratégia é estabelecer uma comunicação aberta e afetuosa, fazendo-se disponível para ouvir os pensamentos, sentimentos e preocupações de seu filho, validando-os, demonstrando empatia e oferecendo suporte emocional quando necessário. Dessa forma, a criança se sente segura o suficiente para deixar fluir a sua curiosidade e a busca por aprendizado, pois não se sente reprimida em seus questionamentos, mas incentivada a buscar conhecimento.

Além disso, essa conexão emocional faz com que as crianças sejam mais colaborativas, recebendo e compreendendo melhor as nossas orientações, o que facilita o estabelecimento de uma rotina consistente e estruturada, com horários previsíveis para refeições, sono, estudos e atividades. Essa previsibilidade ajuda a criança a se sentir segura e confiante em relação ao seu ambiente, tornando-o propício para o aprendizado.

Para as crianças menores, é possível criar em casa ambientes que incentivem a curiosidade, preferencialmente longe das telas, com livros, jogos educativos, materiais artísticos e científicos disponíveis para que o filho possa explorar e descobrir por si mesmo. Fazer perguntas abertas também é uma opção: "Por que você acha que isso acontece?" ou "O que você acha que acontecerá se fizermos isso de outra maneira?"

Já para os mais velhos, é muito importante criar um ambiente aberto e acolhedor onde o filho se sinta à vontade para expressar seus interesses. A escuta ativa é essencial nesse momento: despindo-se de julgamentos ou pré-julgamentos, ouvir com atenção e fazer perguntas para entender melhor o que desperta o interesse do filho, pesquisando e aprendendo junto com ele, ajudando-o a ampliar seu conhecimento e explorar diferentes aspectos relacionados ao tema, através de livros, filmes ou sites relevantes.

Que neste dia das mães e em todos os outros dias, nós mães consigamos estabelecer essa conexão com nossos filhos e ser, na vida deles, uma figura de conforto, segurança e encorajamento para que sigam adiante na jornada do conhecimento.

Feliz dia das Mães!


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Estude para a vida!

Por Iuri Pimentel - Prof. de Matemática

Por Iuri Pimentel - Prof. de Matemática

O Início de um novo ano é marcado por diversos sentimentos, é muito comum criarmos listas de sonhos e pequenos alvos que desejamos alcançar, e dentro do ambiente escolar não é muito diferente. Todo ano o aluno sabe que vai ter um  novo  projeto, novos professores  e diversas atividades diferentes, produzindo novos sentimentos e renovado seu desejo de aprender. Mas tem uma coisa que dificilmente muda: a forma com que ele enxerga  as avaliações. 

Ser avaliado não é um processo simples, é um dos momentos mais desafiadores para o educando, afinal uma simples folha de papel pode ser responsável por diversas sensações, e isso acontece com qualquer pessoa independente da idade. É difícil identificar todos os fatores que levam os nossos estudantes a ficarem tão nervosos nos dias de prova, porém não podemos negar que existe uma influência cultural que carregamos e passamos de geração para geração, onde a avaliação é vista com um instrumento punitivo, produzindo medo ao invés de responsabilidade, desmotivando a criança na  construção de si mesma através do conhecimento. 

O nosso desafio é mudar a visão dos educandos, fazendo com que esse processo tão importante seja leve e dinâmico. E para isso acontecer é necessário que toda sociedade compreenda  que o momento de estudar  não serve só  para a avaliação, e sim para a vida!   Entender que possui  o conhecimento  é ter um poder transformador, que pode mudar não só a sua vida, mas a de todos ao seu redor.   Desta forma, o ato de estudar precisa ser natural e simples, fazendo parte da rotina da família, e desenvolvendo em cada criança a alegria de obter o conhecimento, sendo  constante e  fazendo o que o  cérebro trabalhe, desenvolvendo o amor pela aprendizagem. 

Dentro deste desenvolvimento  é importante que o educando compreenda como o cérebro funciona,  entendendo que não existem barreiras que o impeça de  aprender, independente da área (exatas ou humanas), e que o mais importante são os estímulos que recebemos e a maneira como estudamos. Segundo a teoria de William Glasser, nós aprendemos da seguinte forma: 10% quando lemos; 20% quando ouvimos; 30% quando observamos; 50% quando vemos e ouvimos; 70% quando discutimos com outros; 80% quando fazemos; 95% quando ensinamos aos outros.  Utilizar diariamente diferentes técnicas para estudar é uma ferramenta necessária neste caminho, pois estudar sem alvo e sem uma disciplina talvez dificulte a produção de bons frutos. 

No Colégio Helios incentivamos nossos alunos a assumirem o papel de protagonistas, identificando a melhor maneira de ter acesso ao conteúdo. Além disso, em nossas aulas utilizamos diversas Metodologias Ativas, possibilitando ao estudante  acesso a debates, aulas invertidas e atividades em grupo, sempre com o educando sendo o centro no processo de ensino aprendizagem. Neste ano tivemos a oportunidade de apresentar técnicas de estudos para os nossos alunos, trazendo subsídios para tornar mais eficiente a maneira com que ele estuda. E o mais interessante é que esse material foi pesquisado pelos nossos educadores, na nossa semana de planejamento, até porque compreendemos que a melhor maneira de motivar, é sendo o primeiro a executar. 

Destacamos algumas técnicas de estudos:

  • Mapeamento Mental: Crie mapas mentais para visualizar e organizar informações. Comece com uma ideia central e conecte ramos a partir dela, representando conceitos relacionados. Isso pode ajudar na compreensão global do assunto.

  • Resumo e Síntese: Após a leitura de um texto ou aula, resuma as principais ideias em suas próprias palavras. Isso ajuda a consolidar o conhecimento e a identificar lacunas no entendimento.

  • Flashcards: Use cartões de memória para criar perguntas de um lado e respostas do outro. Isso é especialmente útil para memorização de termos, fórmulas ou conceitos.

  • Técnica Pomodoro: Estude por períodos curtos e focados, geralmente 25 minutos, seguidos por uma pausa curta. Isso pode ajudar a manter o foco e evitar a fadiga mental.

  • Ensine o Material: Explique o que aprendeu a alguém (ou até mesmo para si mesmo). Isso não apenas reforça seu entendimento, mas também destaca áreas em que você pode ter dificuldades.

Sabemos que estudar é uma parte muito importante da vida de qualquer pessoa, por isso é importante ter horário e um lugar fixo para este momento, mas não podemos esquecer que podemos e devemos organizar o nosso dia para um bom descanso, ou realizar uma atividade diversificada, afinal é muito importante que os nosso estudantes afinem o seu instrumento. 


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O Programa Líder em Mim de dentro pra fora: a incorporação na Gestão Escolar

Por Thais Lima - Mestra em Gestão Escolar

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Você que frequenta o Colégio Helios muito provavelmente já observou em nossa recepção o que dizem a nossa missão, visão e valores:

Missão: educar com qualidade, acolhimento e segurança.

Visão: ser referência em ensino de qualidade, contribuindo para a formação de cidadãos dotados de senso crítico e socialmente responsáveis.

Valores: ética, respeito ao próximo, valorização dos nossos colaboradores e alunos.

Esses dizeres nem sempre estiveram escritos em uma placa de metal afixada na parede. No entanto, desde a sua fundação, o Colégio Helios sempre os praticou, implícita e cotidianamente.

Nossa preocupação sempre foi muito além da formação acadêmica de nossos alunos, buscando também propiciar condições para que eles pudessem se desenvolver como pessoas emocionalmente saudáveis, preparados para a vida em sociedade, e ao longo desses mais de 30 anos de história pudemos perceber que temos sido bem sucedidos nesse propósito, de modo que escrever aquelas “plaquinhas” de metal foi realmente apenas a materialização da nossa essência.

Quando conhecemos o Programa Socioemocional Líder em Mim (LEM), em meados de 2022, nos deparamos com a possibilidade de aplicação, de maneira estruturada, de tudo aquilo que acreditamos ser importante na formação do ser humano como indivíduo, e que, no fundo, já praticávamos, mas agora com uma metodologia de estudos e práticas que poderiam tornar visível de forma objetiva a nossa essência, que vai ao encontro do objetivo proposto pelo Programa: proporcionar um ambiente e situações para que cada um de nós possa buscar nos conhecer e nos desenvolver a ponto de nos tornarmos líderes de nós mesmos. Vivendo de maneira coerente com nossos princípios e valores e, portanto, sendo felizes. 

Assim, em 2023 iniciamos a implantação do LEM, não nos restringindo ao treinamento oferecido pelo pelo próprio programa, mas indo muito além dele, pois mesmo antes de sua adoção já praticávamos alguns dos 7 hábitos (seja proativo; comece com um objetivo em mente; primeiro o mais importante; pense ganha - ganha; primeiro busque compreender antes de ser compreendido crie sinergia; afine o instrumento).

Além dos elementos físicos que são encontrados em nosso colégio, como as diversas árvores dos 7 hábitos construídas pelos próprios alunos e as contas bancárias emocionais movimentadas por toda a comunidade escolar, temos muitas vivências que demonstram a incorporação dos 7 hábitos em nosso dia a dia, principalmente porque muitos deles já faziam parte da essência da nossa instituição.

Para atingir os objetivos do Programa, precisamos não somente ensinar os sete hábitos aos nossos estudantes, mas vivê-los, pois a mudança vem de dentro para fora, e se fortalece no exemplo. 

Assim, incorporamos os sete hábitos em nossa gestão escolar, pautando neles a realização do plano de desenvolvimento profissional individual de nossas lideranças, de modo que eles possam desenvolver em si e inspirar em toda a comunidade escolar a liderança que queremos ensinar para os nossos estudantes, inspirando-os pelo exemplo, pois, como disse Stephen Covey:

"Em última análise, o que somos comunica com muito mais eloquência do que o que dizemos ou fazemos."(pg 48, Covey)

Iniciamos nosso processo de desenvolvimento pelo autoconhecimento. Cada um de nós buscou se conhecer um pouco mais, possibilitando potencializar nossas qualidades, acolher e rever nossas falhas, em busca da melhoria contínua, o que não é tarefa fácil, pois se trata de um processo contínuo e demanda maturidade e, por vezes, apoio daqueles que nos cercam no âmbito pessoal e profissional, sempre respeitando o tempo necessário para a solidificação do processo em cada um.

Ao identificar suas falhas e desejando buscar a melhoria, nossos colaboradores contam com o suporte de seus líderes, que, empenhados e participativos, dão sugestões, acompanham seu dia a dia, mantendo aberta a via de ensino-aprendizagem e parabenizando cada conquista. E para que a melhoria seja perene, esse esforço é diário, como um fazendeiro cuidando de sua fazenda:

"A fazenda é um sistema natural. O esforço precisa ser diário, e o processo, respeitado. As pessoas sempre colhem o que semeiam. Não existe atalho.

Este princípio também é válido, em última análise, para o comportamento humano, para os relacionamentos. Eles são também um sistemas naturais, baseados na lei da colheita." (pg 47, Covey)

Os resultados tem sido visíveis, permitindo-nos perceber a felicidade e o envolvimento de cada um nos eventos ou atividades que realizamos em conjunto. Da mesma maneira, acreditamos que a educação dos nossos estudantes, que se dá ao longo de toda a vida escolar (aproximadamente 15 anos), também é um processo natural, em que a família e a escola precisam participar em parceria, ativamente e de forma coerente.

Quanto antes começarmos, melhor! Por isso, convidamos todas as famílias a participarem conosco dessa busca pela liderança de suas próprias vidas. Juntos vamos inspirar nossos alunos.


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